quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vão embora vão



Eu só quero fumar o meu boró em paz.
sem policia, sem o trânsito das luzes vermelhas.
Que coincidência, meu irmão: as luzes vermelhas também são os meus olhos!


E só fogo os meus olhos enxergam.
E enxofre.

Porque essa vida é tão mal feita?
eles não me deixam fumar em paz no botânico ar do meu peito,
onde o pulmão se apaixona loucamente 
pelas plantinhas da lentidão de minha memória. 
Uma união e só.

Quanta polêmica em torno de uma selva, Jesus!

E quando o corpo para de se suicidar,  meu Deus?
Quando é que esse riso contagioso vai se tornar uma lágrima?
Eles me prendem como se eu fosse um animal.
Olha lá, hein? Eu sou um ser vegetal!

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