sexta-feira, 2 de março de 2012

Capricho

REPOSTA DE UM POETA PERNAMBUCANO A UMA RAINHA ORIENTAL


E, havendo andado por tantas terras e recheando-me com muitas palavras, veio a mim um capricho. Olhai, pois, não é amor, é capricho. Mas em todas essas coisas há amor. E não só ele, o amor, mas nós mesmos, que temos um gosto levado ao extremo, também causadores de impressões desagradáveis, também domamos a língua. Ora, pois, não é amor, é capricho. Bendito seja o leite que embrulha a tua pele, bendito seja cada fio de teus cabelos, que, segundo a minha vontade, assenhorar-me-ei de ti. Porque que é a nossa vida? Desnudo-te nas maiores idiotices do mundo, desde os corredores até o degustar de tua farta boca. 


Um comentário:

  1. Eis o desenrolar enredal do amor.
    O capricho vem da degustação a dois.
    O charme é o convite, libido fervilhente
    Capricho primeiro, amor depois.

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