Dentre as trevas que assolam o entardecer, o amor ressurge com um tom açucarado. Faz-se amor entre amigos, primos e irmãos; faz-se amor em tudo que é canto: na água, no mato e no lixo. Desvirtuaram a ternura divina: puseram meretrizes fartas de demônios e seus cantos adoecem os homens desta aldeia. Todavia, que é o amor? Constituído de coisa que se gasta, é guloseima aos olhos de meu povo. Ora, não há um só amor que dure, nem receio que machuque, nem criança que se esconda, nem mulher que se espante.
É bom ver a evolução que os textos por aqui tem tomado. O amor aqui parece o mito citado por Pessoa como algo que é tudo e é nada.
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