quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nublado



Não amo!
Não sei amar!
E não tento!
Para que tentar?

Se eu sorrir
lágrimas me afogarão
ao doce som das chuvas
enevoadas.
Mas que são
Pingos de honestidade, são!

Não amo!
Não sei amar!
E ausento-me!
Confesso-me diante de ti,

ó, vida! ó raios! ó céus!
Arrancai-me do peito 
esses múltiplos corações!
Eu gemo!
Deixai-me viver em trevas
sem a ausência de Deus!


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