sábado, 28 de maio de 2011

São fases, só isso! Apenas fases!


Fazer amizades é muito fácil. O difícil é compreendê-las. Eu que sou bobo por criar um mundo totalmente diferente do que eu vivo em minhas rotinas. Um mundo quase "amigável". Sinistramente, eu gostaria de viver só, sem importar-me com os outros, sem dirigir-me a qualquer pessoa com a intenção de fazê-la minha amiga, torná-la parte de mim. Tenho um coração útil para certos tipos de coisas, mas isso é apenas o que ganho de brinde no final de tudo: ilusões, indagações injustas, pensamentos conturbados. Tudo isso em relação ao meu ser, ao que digo (ao que deixo de dizer), ao que faço (ao que deixo de fazer), e por aí vai.
Dos trilhões de amigos que tenho, são 4 (no máximo 5!), que fazem parte de um bom rebanho. Incrível, não?! Justo? Sim! Amigo não é aquele que você conhece em um dia, troca algumas palavras, apertos de mão e saí por aí desfrutando de momentos agradáveis (não sei se momentos agradáveis seriam ocasiões certas). Pois é, não é! Amigo é aquele que te entende, aquele que te faz sentir um bom alívio no peito, o que te dirige a palavra oferecida com sentimentos de carinho, justiça e principalmente amor. Aí é quando você me diz: "Espera aí! Você nos diz que não acredita no amor e como pode mencioná-lo principalmente nas SUAS amizades?". Eu não acredito no amor carnal, o amor que se faz entre duas pessoas, o amor que destrói os corações dos seres não-compatíveis com essa "doença". O amor de uma amizade é totalmente diferente. Você sofre, sim. Porque nessa vida a gente sofre com tudo, não é?

                                                                         

"You're here till the end
You pull me aside when somethin ain't right
Talk with me now and into the night
Till it's alright again"

Sei que me falta muita sorte. E muito aprendizado também. Eu gostaria de tirar um dia para convencer a mim mesmo de que isso tudo não passa de uma fase boba, não boa. E convencer-me de que estou sendo exagerado ao maldizer os amigos, a amizade. Provavelmente, eu estaria feliz. Mas em meus eternos dias de solidão. Um amigo, dois amigos, três amigos... ai! Isso tudo torna-me cansativo. Eu mal entendo o mundo e quanto mais o que se faz a partir dele, o que se tem a partir dele! Apenas quero a minha felicidade de volta, os sorrisos que deixei sepultados em alguma parte da natureza, os rostos que desfiz com linhas mortas de expressões, a bondade que ainda falta-me quando estou só. 
Quero ter amigos, sim. Amigos, não amiguinhos, não gentinhas podres e secas de sentimentos. Quero compreendê-los da mesma forma que espero que compreendam-me. E quero educá-los, modificá-los, naturalizá-los. 
Certo dia, uma "amiga" minha disse-me indiretamente: "Não gosto quando meus amigos brigam!". Isso deixou-me em desespero, pois  vivo em um grupo de 3 "amigos" e estou sem falar com 2 deles. O motivo? Adjetivos que os próprios atribuíram a mim: egoísta, infantil, sagaz, etc. Então, procuro poupar-me de certos momentos em que me vêem como o próprio demônio.




"You and I 


can share the silence 


finding comfort together 

the way old friends do 

and after fights 

and words of violence 

we make up with each other 

the way old friends do 

times of joy 

and times of sorrow 

we will always see it through 

oh I don't care 

what comes tomorrow 

we can face it together 

the way old friends do''




Enfim, trago-te flores, amigo. Para que assim, o seu perfume inale as tuas maldades, os teus julgamentos. E espero-te, pacientemente. Espero-te correr até mim. Dá-me um abraço, dá-me o que eu ainda não tenho de ti. E só assim iremos encontrar conforto em todos os nossos atos. Só assim dançaremos de mão dadas as canções da vida.

Até breve,
amigo(s). 



Nenhum comentário:

Postar um comentário