Três dias que não o vejo. Três dias que não o sinto. Parece-me primavera... Quanta quietação! Sinto-me atordoado: mente vaga, coração rebelde; coisinhas abrolhosas. Carrego comigo linhas miúdas. As enfeito de doidice: doidice minhas. Passeio a pé pela casa: madeira cava, barroco borrado, talheres empoeirados; linho fino encardido no chão. Sento-me: espírito inerte. Deito-me: ambiente abafadiço. Cobriram as janelas com cimento. Como fazer para remover cimento de janelas? Já sinto falta da brisa, do clarão lá fora... Três dias. Quantos dias? Lá estou eu, longânime; com a mesma aptidão para as ciências... Com pouco amor, ele se foi. Me deixou só... Quer dizer, eu e o colchão...
Adorei o último trecho: "Com pouco amor, ele se foi. Me deixou só. Quer dizer, eu e o colchão..."
ResponderExcluir:)
Gostei!!! Continue, vc é muito talentoso. Bj
ResponderExcluirAline
Hhahaah!
ResponderExcluirMenino...
És um tesouro...
Não pare de escrever ok?
love, love... you!
http://aspalavrasqueeununcadisse.blogspot.com/
Tá cada dia melhor...
ResponderExcluirContinue assim, amigo. ;)
Quão intenso e mágico tudo o que escreves!
ResponderExcluirPosso sentir como dói a sua solidão... Texto profundamente bem escrito. Bem descrito. Quase sufocante...
ResponderExcluirMuito bom, como sempre!!
ResponderExcluirnoossaa que lindas palavras *.*
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