sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É diferente das outras coisas



Discretamente, eu não me importo com as coisas do mundo. E por pensar assim, acabo consumindo muita vida. Cismo que não há nada de apetitoso e pronto. A única coisa que me aquieta é saber que existem muitos deuses, mas sempre me prostro diante de um só: o Deus vivo. Engraçado é que nem sei de onde Ele veio, em qual cidadezinha deve viver... Não sei também de muita coisa sobre fé, arrependimento, mandamentos escritos. Não acendo vela pra ninguém. Pra quê tanto fogo? O do inferno já não flameja o suficiente? Quando algum parente meu morre, eu fico tranquilo. Eu até solto gargalhadas em enterros. Se morrer for bom, quem me dera morrer agora, depois dessas linhas, é claro. Espero ir para um lugar menos conturbado, mais amplo, mais nublado. A morte não me abala. Se vinhesse ao meu encontro, teria a certeza de que as pessoas viveriam as mesmas coisas de sempre: café com leite, passeios na orla e cafuné ao meio-dia. 


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