domingo, 14 de agosto de 2011

Sete palmos acima



Quando eu morrer, eu não quero que o meu corpo seja enterrado sob flores, nem mesmo sob os girassóis. Nem que se estrague tomado de terra, de vermes, de solidão, em caixões cobertos de diamantes vermelhos. Também não quero que seja jogado ao vento como se fosse um nada, como se tivesse algum destino essa alma minha, como se de repente, eu fosse pousar em algum lugar especial, longe das minhas turbulências. Eu apenas quero uma morte tranquila, silenciosa, vazia. E de olhos bem fechados. Uma morte prazerosa, como se diz. E não quero ninguém por perto. Não, traga-me um cigarro, alguma bebida, uma maconha. E é só isso. Depois disso, só o escuro. E sempre o temi.

7 comentários:

  1. Hum deixa que aquele caprichado eu levo pra gente chegado (y'. :)

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  2. A morte é sempre um tema fascinante! O mistério, o desconhecido, o inexplorado. Tudo isso permite que possamos dar asas a nossa imaginação... Pena que a temamos com a mesma intensidade!
    Muito prazer em conhecê-lo, Wandeilson. Já estou participando do seu site. Seja bem-vindo à minha vida! Já conheceu o "Doce Deni"?

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